sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Green Blade!


A lâmina é fina e cinza, e pressupõem-se que efetivamente corte, deixe marca, separe, o verde conto a seguir. 
Cresci numa rua onde existiam duas oficinas de motos, uma de Vespas e BSAs, (que saudades tenho da minha B40 Star e da minha B31) Nortons e Triumphs, e outra oficina onde se arranjavam as motorizadas nacionais tudo com motores a dois tempos, Casal (que saudades tenho da minha 50.6) Famel, Kreidlers, Sachs, Flandrias, etc. Lembro-me do Sr. Aristeu que me afinava e fazia as revisões na Casal, e preparava também para competir numa fabulosa Kreidler Vanveen 50 verde e cor-de-laranja, que parecia uma mistura entre bicicleta e motorizada. Tinha um trabalhar seco, metálico e frio, subia a rua com uma “guita” e dando tal estardalhaço que mesmo um leigo percebia que ali havia algo de estranho. Lembro-me de me ter sentado nela, de ter colocado a então minha pequena mão sobre o depósito e de a ter segurado com eficácia, era estreita leve e baixa, como eu gostava de ter andado naquilo……..agora podia escrever mais!
Anos mais tarde, creio que em 1986 em Vila Real, estive também a conversar com o Alexandre Laranjeira, que corria com a Huvo Casal e a Kawa 900, máquinas que eu bem gostava e conhecia. Devo dizer desde já, que sou um grande adepto da Casal, e tenha muita pena que ela tenha terminado………podia fazer também desta scooter, uma Casal com toque de Huvo, mas creio que a Kreidler me marcou mais, e por isso lhe rendo a devida homenagem.
Assim sendo esta será uma mistura de lâmina cinzenta com um toque de Kreidler verde, quer no que diz respeito à cor, quer no que diz respeito ao conteúdo do chassis e motor. Terá então a sua cilindrada aumentada para 200cc, um pequeno turbo, as jantes vão ser mudadas, pois as da Kreidler eram maiores e mais estreitas, as carenagens também devem levar uns cortes pois as da Kreidler, eram bem simples dando para ver o quadro, e o vidro da frente escuro passa a transparente e redondo. Para finalizar terá avanços, um escape trabalhado e o numero 1 estampado nos lados e na frente.

Como eu gostaria de fazer isto, pelo menos fico a sonhar!



sexta-feira, 11 de maio de 2012

A Ruckus!


Mais uma vez se eu tivesse possibilidades faria desta máquina uma Ruckus,ou a ……….adepta da teoria do “less is more” de Mies Van Der Rohe. Para sabermos o que é  isto do “Ruckus”, basta fazermos uma pesquisa na internet por imagens deste termo, mas grosso modo é uma scooter despida, ou uma mota pequena e baixa, em que o motor está colocado tal como o de uma scooter, e a posição de condução é também a de uma scooter.

Outra das particularidades que constatei em todos estes motores, foi o facto de todos eles possuírem um tubo metálico fixo à colaça que liga a um conjunto de tubos e mecanismos que servem para enviar ar fresco para o motor vindo do filtro de ar.  No fundo é a ecologia e o bem-estar a impor as suas regras.

Bem, mas mais do que palavras aqui ficam algumas imagens da desmontagem da máquina, e peço desde já desculpas pelo cenário não ser o mais digno desta máquina.