domingo, 28 de outubro de 2012

A Casal K 188


Passei o meu mês de Agosto e parte do mês de Setembro a arranjar uma mota que tinha cá em casa, e que ia para o lixo. Exato, ia para o lixo mas eu salvei-a desse triste destino, não tive a mesma sorte com a carrinha, mas isso é outra história……andei a fazer uma obra num quartel dos bombeiros, e quando andava a fazer o levantamento do edifício verifiquei que existia lá uma Casal K188, que já tinha visto melhores dias. Entretanto, realizaram umas limpezas, e a Casal ia direitinha para o lixo. Eu fiquei com pena da mota, e sabendo do seu destino pedia para mim. A mota esteve em minha casa alguns anos parada à espera que eu conseguisse entrar em contacto com o antigo dono, que por sorte foi um tipo porreiro (no final só queria ver a mota pronta) e que me enviassem os documentos para eu a começar a arranjar. Bem os documentos não vieram, e o IMTI exigiu que eu levasse a mota a uma vistoria para confirmarem os seus dados, e ver se a mota estava ok para lhe atribuírem uma nova matrícula. Fui adiando isto, mas agora tinha que ser! Assim, andei a correr a concertar a mota, com a ajuda de um mecânico amigo, que lhe tratou do motor (que agora está novo) e da parte elétrica. Eu pintei, montei-a e gastei umas coroas. Ia vendê-la entretanto, mas como ela é tão rara, bonita, e deu um trabalho do caraças vai ficar em minha casa, para eu dar umas voltinhas de vez em quando, mas muito de vez em quando, e assim sendo acho que vou retirar um móvel da sala de jantar e pôr a mota no seu lugar. Sempre é mais bonita do que um móvel da minha mobília “Queen Anne”, e.……..entretanto aguardo os documentos e tempo para com calma lhe dar os acabamentos finais, pois a coisa ainda não está a 100%.
Deixo aqui algumas imagens da máquina como me chegou às mãos, e o que as minhas mãos lhe fizeram. Ficou uma máquina de respeito!
As scooters estão de boa saúde, e a Shenke já passou a SYM em termos de quilometragem. Está com 11400. 





domingo, 15 de julho de 2012

A SYM foi ao Dragão!


Embora já tivesse passado várias vezes pelo Estádio do Dragão, desta vez a SYM foi lá para ver as motas, a Shenke passou lá no dia anterior e gostou, e como a SYM estava com ciúmes por estar à muito tempo parada, toca a pô-la a andar. 

Bem mas mais do que palavras aqui ficam algumas imagens de algumas máquinas.






























O Moto Clube do Porto realizou na área limítrofe do estádio uma exposição de motas, e um conjunto de atividades ligadas às mesmas, gincanas, concursos de restauro e provas de trial que possibilitaram umas horas de convívio para quem por lá passou. Para eles parabéns!


A SYM está com 11071 Km e a Shenke com 10063 km, esta última tem andado bem. 

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Vai para os 10 000.


Pois bem, a Shenke está agora com 9071 Km e é objeto de utilização quase diária, sorte da SYM que fica a descansar. Tive que lhe colocar o motor, da Big Boss, isto porque surgiram vários problemas com o motor de origem que faziam com que ele perdesse óleo. Os vedantes da cambota não possuíam as dimensões originais, e com o azar dos rolamentos da cambota mais largos, e a viela mais comprida, abri o motor duas vezes, danificando as juntas....o que originava fugas de óleo, quer pelos veios da cambota, quer por alguns sítios no motor. Assim sendo, resolvi a questão trocando o motor original pelo da Big Boss, constatando, quando já estava quase tudo montado, que a ficha das bobines era diferente da minha, …..resultado, ou mudava as bobines, ou a instalação eléctrica. Resolvi mudar as bobines do motor da Big Boss pelas minhas, que apesar de ficarem numa posição ligeiramente diferente cumprem no pleno a sua função.
Quanto ao motor original aguarda tempo para ser montado, pois já tenho os vedantes originais e juntas novas.

Entretanto e como tinha falado da Kreidler, o que me fez lembrar a minha Casal 50.6 ou K551, e para que ela não ficasse triste esteja ela onde estiver ou a sua alma, resolvi colocar aqui uma imagem da motinha, num cenário idealizado pelo saudoso mestre Viana de Lima, a Faculdade de Economia do Porto.
Velhos tempos…..o escape é do Aristeu, que embora fizesse um barulho interessante não lhe dava o rendimento desejado, sobretudo depois de algum tempo de utilização, e os manómetros são da Casal RZ. 



sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Green Blade!


A lâmina é fina e cinza, e pressupõem-se que efetivamente corte, deixe marca, separe, o verde conto a seguir. 
Cresci numa rua onde existiam duas oficinas de motos, uma de Vespas e BSAs, (que saudades tenho da minha B40 Star e da minha B31) Nortons e Triumphs, e outra oficina onde se arranjavam as motorizadas nacionais tudo com motores a dois tempos, Casal (que saudades tenho da minha 50.6) Famel, Kreidlers, Sachs, Flandrias, etc. Lembro-me do Sr. Aristeu que me afinava e fazia as revisões na Casal, e preparava também para competir numa fabulosa Kreidler Vanveen 50 verde e cor-de-laranja, que parecia uma mistura entre bicicleta e motorizada. Tinha um trabalhar seco, metálico e frio, subia a rua com uma “guita” e dando tal estardalhaço que mesmo um leigo percebia que ali havia algo de estranho. Lembro-me de me ter sentado nela, de ter colocado a então minha pequena mão sobre o depósito e de a ter segurado com eficácia, era estreita leve e baixa, como eu gostava de ter andado naquilo……..agora podia escrever mais!
Anos mais tarde, creio que em 1986 em Vila Real, estive também a conversar com o Alexandre Laranjeira, que corria com a Huvo Casal e a Kawa 900, máquinas que eu bem gostava e conhecia. Devo dizer desde já, que sou um grande adepto da Casal, e tenha muita pena que ela tenha terminado………podia fazer também desta scooter, uma Casal com toque de Huvo, mas creio que a Kreidler me marcou mais, e por isso lhe rendo a devida homenagem.
Assim sendo esta será uma mistura de lâmina cinzenta com um toque de Kreidler verde, quer no que diz respeito à cor, quer no que diz respeito ao conteúdo do chassis e motor. Terá então a sua cilindrada aumentada para 200cc, um pequeno turbo, as jantes vão ser mudadas, pois as da Kreidler eram maiores e mais estreitas, as carenagens também devem levar uns cortes pois as da Kreidler, eram bem simples dando para ver o quadro, e o vidro da frente escuro passa a transparente e redondo. Para finalizar terá avanços, um escape trabalhado e o numero 1 estampado nos lados e na frente.

Como eu gostaria de fazer isto, pelo menos fico a sonhar!



sexta-feira, 11 de maio de 2012

A Ruckus!


Mais uma vez se eu tivesse possibilidades faria desta máquina uma Ruckus,ou a ……….adepta da teoria do “less is more” de Mies Van Der Rohe. Para sabermos o que é  isto do “Ruckus”, basta fazermos uma pesquisa na internet por imagens deste termo, mas grosso modo é uma scooter despida, ou uma mota pequena e baixa, em que o motor está colocado tal como o de uma scooter, e a posição de condução é também a de uma scooter.

Outra das particularidades que constatei em todos estes motores, foi o facto de todos eles possuírem um tubo metálico fixo à colaça que liga a um conjunto de tubos e mecanismos que servem para enviar ar fresco para o motor vindo do filtro de ar.  No fundo é a ecologia e o bem-estar a impor as suas regras.

Bem, mas mais do que palavras aqui ficam algumas imagens da desmontagem da máquina, e peço desde já desculpas pelo cenário não ser o mais digno desta máquina. 




sexta-feira, 13 de abril de 2012

A Dragster!

Como gosto bastante destas motinhas pela sua simplicidade e facilidade de manutenção, e como arranjei algumas em conta, decidi comprar mais 3, para compará-las, tentando conhece-las um pouco mais em termos mecânicos e de qualidade de construção, e ao mesmo tempo ajudar aqueles que as possuem a mantê-las e a guarda-las, por isso decidi desmontá-las. Começo por apresentar a maior, aqui em Portugal é uma Jonway Big Boss, ou uma Predator se for elétrica, mas noutros países poderá ter outro nome, tudo depende, ……. o que é certo é que são chinesas, e se não me engano a maioria pertence ao grupo Jonway, composto pela Shenke, a Jmstar e a Jonway. Trata-se de uma cópia em termos de imagem da Honda Jazz 250, tal como a minha Shenke é uma cópia da Suzuki Epicuro, mais coisa menos coisa, e tal como a Shenke possui um motor Gy6. Nesta Jonway gosto particularmente da sua dimensão, e se tivesse possibilidades faria dela um dragster, e colocar-lhe-ia uma botija de nitro para brincar um pouco, pois o seu quadro é longo bem ao estilo das máquinas de arranque! Outro aspeto que gostaria de destacar é o facto deste modelo ter um amortecedor no motor, o que não acontece na minha Shenke. Bem e mais do que palavras deixo aqui algumas imagens da sua desmontagem. 







sábado, 17 de março de 2012

De volta!


Foi no passado sábado que a Shenke voltou a roncar. Terminei de a montar e não pegou à 1ª, nem à 2ª, à 3ª deu sinal de vida, e à 4ª ressuscitou.
Demorou bastante tempo a sua recuperação, o tempo disponível não era muito e no final houveram alguns contratempos que fizeram com que por exemplo, eu não tenha colocado a cambota com biela SYM. Esta foi mal medida o que originava o batimento do pistão na colaça. Felizmente vi isso antes de a pôr a trabalhar, e coloquei a que tinha de origem, no entanto o pistão foi o SYM, e é estranho mas o pino deste é bastante mais estreito e leve do que o de origem, e as pequenas covas que o pistão de origem possui no topo, no SYM simplesmente não existem…… certamente a mota deve andar mais! 
Com este monta e desmonta ficou patente que a mecânica desta máquina é muito simples, o motor GY6 152 QMI é bastante fácil de desmontar, e de montar desde que se tenham as ferramentas certas e se esteja alerta para as dificuldades que possam surgir neste ou naquele ponto, e caso não se tenha muita experiência existe o Youtube, e muita literatura na Net que deve ser bem estudada antes de se fazer o serviço.
Ao desmontar a mota, e observando o quadro e os carenagens dá para ver que estes podiam ser melhorados, sobretudo no que diz respeito à aparência das soldas do quadro, e aos encaixes e fixações dos plásticos. A zona frontal da carenagem podia ter mais apoio estrutural no interior, e o remate exterior podia ser diferente……bem mais largo junto aos faróis. Aliás, existe outro modelo desta mota que possui carenagens diferentes dos que a minha possui, que me parecem bem melhores.  

Agora a máquina já marca 7825 Km, e continuo a gostar de andar nela ……. E apesar de andar em rodagem parece mais solta do que o que estava da outra vez. A SYM está com 9900, e continua sem nada a registar.


sábado, 4 de fevereiro de 2012

Homenagem

Cortando um pouco o ritmo do monta e desmonta, e confesso que hoje à noite ia montar o motor mas vi que me faltava um escatel na cambota, e como tal tive que parar, deixo aqui uma homenagem ao meu pai, bombeiro sapador, também ele um motociclista apaixonado, pois para além de apagar os fogos com uma Harley, também possuía duas Harleys que eram utilizadas como táxis na cidade do Porto.
Contava ele, que uma vez em plena correria para salvar alguém, e para fazer a chegada mais rápida que os Voluntários do Porto, passou a direito o jardim da rotunda da Boavista, jardim que até então não era cortado por ruas, surgindo estas posteriormente, e talvez por causa disso..... Efetivamente o  “motociclista desastrado não respeita os jardins públicos”.  (assim veio no jornal do dia seguinte!!!) conseguiu ganhar a chegada e alterar o desenho da cidade, talvez por isso eu seja arquiteto e motociclista.
Deixo aqui então uma imagem com o homem ao comando da Harley do Batalhão!


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Quase!

Bem, se não fosse um pequeno problema nos rolamentos da cambota, provavelmente o motor já estaria montado. Contudo, é de referir que antes de montar definitivamente o motor fiz uma primeira tentativa ainda sem parte do miolo, para ver se sabia onde eram as coisas e para fotografar. Nessas imagens que aqui apresento, podemos ver a cambota com biela SYM, na companhia da chave de castelo,  algumas imagens do próprio motor em vários ângulos, e do cilindro.









Quanto à SYM tem já 8800Km, e noutro dia dei 125Kmh a descer a Via Norte, e até agora é sempre a andar, grande máquina!